A Violência
Colecionador > Parte 5
						Sergio Valério
Notícias sobre a
						violência cometida contra seres humanos e animais já viraram páginas comuns nos
						noticiários e por mais que doa confessar, isso tem nos tornado mais
						insensíveis.
Vemos cachorros e gatos
						abandonados pelas ruas e nem sempre os enxergamos da mesma forma que os animais
						que temos em nossas casas.
Cada vez mais, nos emocionamos
						menos com o que acontece com as pessoas que não nos são tão próximas, tudo isso
						porque a violência que tem feito parte da nossa vida através das imagens nos
						telejornais e noticiários do rádio e dos próprios jornais impressos, nos tem
						dado a impressão que tudo isso é “natural”.
Às vezes, nos indignamos com um
						crime mais bárbaro que atenta a nossa moral, mas a reação que temos tido, tem
						sido mais de crítica do que de atitude.
Baleias são mortas, animais são
						envenenados e queimados, cavalos são estressados e machucados em rodeios,
						touros são fincados em touradas, peles são retiradas de animais para casacos,
						elefantes são mortos, tantos outros animais feridos em seus corpos e nós temos
						permanecidos como estátuas diante de tudo isso.
Precisamos nos mobilizar, atuar
						de alguma forma, enviar cartas para jornais, participar de ONGs defensoras dos
						direitos humanos e animais, enfim, não podemos apenas chorar pelos nossos
						mortos e feridos.
Precisamos ir além do choro e
						por exemplo, adotar uma criança, adotar um animal de rua, enfim, ser mais
						eficazes no combate à insensibilidade que teima em tomar os nossos corações.
É hora de, além de abrirmos os
						nossos olhos, abrirmos também as nossas bocas e levantarmos da cadeira para nos
						tornamos dignos de sermos chamados seres humanos. Não devemos nos apoiar na
						falta de tempo, porque nos é dado o livre arbítrio para usá-lo de forma
						adequada para que nos sobre este tempo para sermos mais atuantes em nossas
						vidas.
Mesmo porque, para que vale a
						Vida se não tivermos coragem de modificar o que precisa ser alterado? O desafio
						fica no ar para todos nós e para quem quer se juntar à Ordem dos Seres Humanos
						que ainda acreditam na Esperança.